03 a 05 de Abril de 2025

Local: CentroSul
Florianópolis - SC



Código do Trabalho: 93

Categoria: Estudo

Instituição de Ensino: HOSPITAL SOS CARDIO E INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DE SANTA CATARINA




Título:
RESULTADOS HOSPITALARES DO IMPLANTE PERCUTÂNEO DE VÁLVULA AÓRTICA EM DOIS CENTROS DE REFERÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA


Autores:
LUIZ EDUARDO KOENIG SÃO THIAGO, RICARDO ZANELLA ANTONIOLLI, VINICIUS KREPSKY DALMORO, LUIZ CARLOS GIULIANO, LEANDRO WALDRICH, EDUARDA VENÂNCIO



Tema Livre:
Foi realizada uma análise descritiva dos resultados e complicações intra-hospitalares dos implantes percutâneos de valva aórtica (TAVI) realizados em duas instituições de referência do estado de Santa Catarina, além de uma análise comparativa avaliando o sucesso do procedimento e o índice de complicações em dois períodos distintos – Período A (realizou mais de 40 implantes por ano) e o Período B (realizou menos de 40 implantes por ano), sendo que todos os casos foram executados pela mesma equipe médica. Os dados foram coletados retrospectivamente e analisados utilizando-se médias, desvio padrão e frequências. Foram incluídos 411 pacientes submetidos a TAVI, dos quais 321 pertenciam ao período A e 90 pertenciam ao período B. Dos 321 pacientes incluídos no período A, a faixa etária média foi de 81,8 ± 6,64 anos, dos quais 52,6% pertenciam ao sexo masculino. Sendo que 84% dos pacientes estavam em classe funcional III/IV. A via de acesso principal para o implante da prótese foi de 95,1% pela via femoral, 2,7% pela via carotídea e 2,2 % pela via subclávia. Dentre os pacientes analisados 4,6% foram submetidos a hemodiálise no pós-operatório. Em 9,5% dos pacientes estudados foi realizado implante de marcapasso definitivo após a realização da TAVI, 6,9% apresentaram complicações vasculares, 0,8% foram submetidos a cirurgia cardíaca de emergência, 0,8% evoluíram com tamponamento cardíaco, 1,5% apresentaram AVEi no pós-operatório e 0,4% foram submetidos a reintervenção valvar percutânea. Foi definido como sucesso do implante aqueles pacientes que evoluíram com gradiente transvalvar médio inferior < 20 mmHg em conjunto com a ausência de refluxo paravalvar ou central moderado a severo e o sucesso do procedimento foi definido como sucesso do implante somado a ausência de óbito, AVEi ou cirurgia cardíaca de urgência. Dentre os pacientes incluídos a taxa de sucesso do implante e sucesso do procedimento foi de 97,7% e 96,6% respectivamente, sendo que a taxa de óbito foi de 3,4% (9 pacientes). Analisando individualmente a mortalidade dos pacientes submetidos a TAVI, 1 ocorreu em paciente submetido a TAVI de urgência com instabilidade hemodinâmica, 3 ocorreram por complicações vasculares e 5 por complicações clínicas. Foi realizada uma análise comparativa entre os períodos distintos, período A (mais de 40 implantes por ano) e o período B (menos de 40 implantes por ano). Observando-se que o sucesso do implante foi de 97,7% no período A e 93,3% no período B, o sucesso do procedimento foi de 96,4% no período A e 75,3% no período B e o índice de mortalidade foi de 3,5% no período A e 10,1% no período B, demonstrando que a taxa de insucesso do implante, o número de AVEi, óbitos e pacientes que necessitaram de cirurgia cardíaca de emergência foi significativamente maior no período B, comprovando que a experiência e o volume de procedimentos do operador é de fundamental importância para atingir menores índices de complicações e maiores taxas de sucesso.

Palavras Chave:
TAVI - IMPLANTE PERCUTÂNEO DE VÁLVULA AÓRTICA

Referências: