Código do Trabalho: 86

Categoria: Estudo

Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

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Título:
AUMENTO NAS INTERNAÇÕES PEDIÁTRICAS POR ARRITMIAS CARDÍACAS EM SANTA CATARINA: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO.

Autores:
SAMANTHA CORRÊA BATISTA DA SILVA

Tema Livre:
Introdução: Define-se por arritmia cardíaca os distúrbios do ritmo normal do coração, o que pode ocasionar AVCs, parada cardíaca e morte súbita. Dessa maneira, é relevante para saúde pública estudar essa problemática a fim de criar políticas públicas melhor direcionadas e prevenir complicações desse tipo de caso. Métodos: Foram utilizados dados secundários do DATASUS, do Sistema de Informações Hospitalares do SUS sobre internações entre 2019 e 2023 de cidadãos catarinenses entre 0 e 14 anos de idade por transtornos de condução e arritmias cardíacas. Para tal, foram uilizadas variáveis de: ano, sexo, cor/raça e faixa etária. Não foi necessário envolvimento do comitê de ética. Resultados: Ocorreram 326 internações pediátricas por arritmias cardíacas entre 2019 e 2023 em Santa Catarina. Ao longo dos anos, o número de internações foi: 66, 42, 67, 68 e 83. Percebe-se que, no primeiro ano de pandemia, houve uma redução no número de internações. Contudo, ainda no período pandêmico, houve uma retomada do número pré-pandêmico de internações pediátricas que permanece a crescer até 2023. É necessário estudar o que causou esse aumento no número de internações: se foi o aumento do cuidado à saúde (com uma cobertura de saúde mais efetiva, que consegue internar as crianças com esse tipo de problema rapidamente e possibilitando melhor prognóstico, ou com populações prestando mais atenção aos sinais dos transtornos de condução e rapidamente se dirigindo a centros de saúde) ou se foi aumento no número de crianças com arritmias (com possível relação com fatores de risco nesses jovens como obesidade, sedentarismo, consumo de nicotina e tabaco, hipertensão, diabetes, entre outros). Dessa forma, é fundamental investigar esse aumento nas internações a fim de continuar melhorando o acesso à saúde, permitindo internações cada vez mais rápidas e efetivas para melhorar o prognóstico dessas crianças, ou a fim de entender o aumento dessa condição na população pediátrica e tentar combater essa problemática nos grupos mais vulneráveis. Ainda, o estudo detectou que o perfil mais acometido pela doença foi de meninos (56,1%), brancos (89,8%) e entre 10 e 14 anos de idade (34,6%), o que pode ajudar com possíveis políticas públicas de saúde melhor direcionadas às crianças mais vulneráveis. Conclusão: De 2019 para 2023, houve um aumento no número de internações pediátricas por transtornos de condução e arritmias cardíacas, o que pode ser causado tanto por uma melhor cobertura de saúde (com internações rápidas, que ocorrem antes de uma complicação de morte, por exemplo) ou pelo aumento da prevalência dessa doença na população mais jovem (o que pode estar associado a diversos fatores de risco). Assim, a investigação da causa desse aumento de internações, associada ao perfil epidemiológico dos mais vulnerabilizados, pode ajudar a melhorar a saúde pública no estado de Santa Catarina para população pediátrica.

Palavras Chave:
EPIDEMIOLOGIA; BRASIL; PEDIATRIA

Referências:

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