Código do Trabalho: 80

Categoria: Estudo

Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC

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Título:
AVALIAÇÃO DO USO DA HSP70 RECOMBINANTE E A MODULAÇÃO DA INFLAMAÇÃO NA CARDIOMIOPATIA INDUZIDA POR CHOQUE SÉPTICO

Autores:
KELVIN SCHMOELLER ALBERTON, FERNANDA BARCELOS CARDOSO, DIOGO DOMINGUINI, TATIANA BARICHELLO, LUCIANE CERETTA, ANDRESSA SANTANA, CRISTIANE RITTER, FELIPE DAL PIZZOL

Tema Livre:
Introdução A HSP70 é amplamente reconhecida por seus efeitos cardioprotetores, especialmente em lesões de isquemia/reperfusão (I/R). Nessas condições, a proteína atua inibindo a via de sinalização p38 MAPK, o que contribui para a redução da sobrecarga de cálcio intracelular, da inflamação e da apoptose. No contexto do choque séptico, o dano cardíaco e as alterações hemodinâmicas representam fatores críticos que influenciam diretamente a sobrevivência de pacientes em estado grave. Evidências apontam que a HSP70 pode mitigar a disfunção cardíaca associada ao choque séptico, diminuindo a resposta inflamatória e melhorando a contratilidade miocárdica. Além disso, a HSP70 desempenha um papel crucial na manutenção do controle de qualidade proteica nos cardiomiócitos, um aspecto essencial para prevenir a insuficiência cardíaca. Com base nesses pressupostos, o presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos da HSP70 sobre a resposta inflamatória e a cardiomiopatia induzida pelo choque séptico em um modelo animal. Métodos Utilizamos um modelo de choque séptico induzido por cecal ligation and puncture (CLP) em ratos, com grupos tratados com HSP70 recombinante e controle. Foram avaliadas funções hemodinâmicas (pressão arterial media e frequência cardíaca), níveis de lactato e troponina, produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e dano oxidativo através da mensuração de DCF-DA e de grupos carbonila respectivamente, além da biogênese mitocondrial pela expressão de Bax e Bcl-2. A mortalidade dos animais foi acompanhada durante os 10 primeiros dias pós-indução do choque séptico. Resultados As alterações hemodinâmicas foram observadas aproximadamente 6 horas após a indução do choque séptico, com queda significativa da PAM e aumento dos níveis de lactato nos animais controle. O tratamento com HSP70 em comparação ao grupo controle demonstrou melhor estabilização da PAM e da frequência cardíaca, associado a uma redução dos níveis de lactato e troponina. Além disso, houve uma diminuição dos níveis de IL-6 e redução significativa do dano oxidativo evidenciado pela menor concentração de grupos carbonila e EROs. A análise da expressão de Bax e Bcl-2 revelou uma redução da relação Bax/Bcl2 no grupo tratado, indicando uma redução da apoptose celular. Por fim, a mortalidade foi consideravelmente menor no grupo tratado com HSP70, sugerindo um efeito protetor da HSP70 na cardiomiopatia induzida por sepse. Conclusão Os resultados indicam que a HSP70 recombinante possui alto potencial terapêutico na cardiomiopatia induzida por sepse, melhorando as funções hemodinâmicas e reduzindo os marcadores de inflamação, dano oxidativo e de apoptose celular, além de diminuir a mortalidade nos animais. Esse efeito protetor reforça a importância da HSP70 como uma possível estratégia terapêutica no manejo da sepse e suas complicações, como a cardiomiopatia induzida por sepse, necessitando de mais estudos para confirmar sua aplicabilidade clínica.

Palavras Chave:
CARDIOMIOPATIA INDUZIDA POR SEPSE; HSP70 RECOMBINANTE; CHOQUE SÉPTICO

Referências:

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