Código do Trabalho: 71
Categoria: Estudo
Instituição de Ensino: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB)
Título:
MORBIMORTALIDADE POR FLUTTER E FIBRILAÇÃO ATRIAL EM SANTA CATARINA: UMA ANÁLISE TEMPORAL (2019-2023)
Autores:
DEBORA CRISTINA DA SILVA LOURENÇO , LUMA BERTÃO DE OLIVEIRA, PRISCILA VIECINSKI ANTUNES , DANIELA MAYSA DE SOUZA
Tema Livre:
Introdução: O Flutter Atrial (FLA) e a Fibrilação Atrial (FA) são as arritmias cardíacas
sustentadas mais comuns, associadas ao aumento do risco de eventos tromboembólicos,
insuficiência cardíaca e mortalidade cardiovascular. A incidência dessas arritmias aumenta
com a idade e com a presença de comorbidades, como hipertensão arterial e diabetes
mellitus. No Brasil, dados sobre morbimortalidade por FLA e FA são essenciais para o
planejamento de políticas públicas de saúde. Assim, este estudo visa analisar a ocorrência
dessas arritmias em Santa Catarina entre 2019 e 2023, com ênfase na evolução temporal
dos casos.
Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico baseado em dados do Sistema de
Informações sobre Mortalidade (SIM), coletados na plataforma do Ministério da Saúde.
Foram incluídos registros de óbitos relacionados a FLA e FA em Santa Catarina entre os
anos de 2019 e 2023. Os dados foram organizados em uma planilha eletrônica e analisados
por estatística descritiva, considerando a evolução anual do número de casos.
Resultados: No período analisado, observou-se um aumento no número de óbitos
relacionados a FLA e FA em Santa Catarina. Em 2019, foram registrados 192 óbitos,
enquanto em 2023 esse número aumentou para 529. O crescimento mais expressivo
ocorreu entre 2021 e 2022, quando os registros saltaram de 387 para 548 casos. O padrão
observado sugere uma tendência ascendente na morbimortalidade por essas arritmias no
estado.
Discussão: O aumento progressivo dos casos pode estar relacionado a diversos fatores,
incluindo envelhecimento populacional, maior prevalência de fatores de risco
cardiovasculares e aprimoramento dos métodos diagnósticos. Além disso, a pandemia de
COVID-19 pode ter impactado negativamente a saúde cardiovascular da população,
contribuindo para o crescimento dos casos entre 2021 e 2022. Estratégias de prevenção e
manejo adequado dessas arritmias são fundamentais para mitigar o impacto na saúde
pública.
Conclusão: O crescimento no número de óbitos por FLA e FA em Santa Catarina entre
2019 e 2023 evidencia a necessidade de medidas preventivas e políticas públicas voltadas
ao diagnóstico precoce e tratamento dessas arritmias. Estudos adicionais são
recomendados para investigar os fatores determinantes dessa tendência e avaliar
intervenções eficazes.
Palavras Chave:
FIBRILAÇÃO ATRIAL; FLUTTER ATRIAL; MORTALIDADE; SANTA CATARINA; EPIDEMIOLOGIA.
Referências: