Código do Trabalho: 5

Categoria: Estudo

Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

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Título:
SEGUIMENTO DE 5 ANOS DO ESTUDO TETHYS TRIAL: EFEITOS DA TERAPIA COM METOTREXATO NO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM SUPRADESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST.

Autores:
GABRIELLE CRISTINA RAIMUNDO, LILIAN VOLPATO LEGAT, DANIEL MEDEIROS MOREIRA

Tema Livre:
Fundamento: A inflamação desempenha papel central no infarto agudo do miocárdio (IAM), bem como no remodelamento cardíaco. O estudo TETHYS avaliou os efeitos a longo prazo do metotrexato (MTX) em pacientes com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (IAMCSST), com foco na função ventricular e nos principais eventos cardiovasculares. A droga não reduziu o tamanho do infarto e ocorreu piora da fração de ejeção após 3 meses, sugerindo efeito negativo na fase de reparo tecidual. Métodos: Estudo prospectivo e observacional de acompanhamento de 81 pacientes do ensaio TETHYS, randomizados para receber MTX ou placebo. O objetivo primário foi avaliar os efeitos a longo prazo do MTX nos desfechos cardiovasculares usando uma abordagem de razão de vitórias (WR), incluindo morte, reinfarto, acidente vascular cerebral (AVC), readmissão hospitalar e a diferença na fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) após cinco anos. O objetivo secundário foi avaliar a melhora da FEVE após 180 dias. Uma análise WR foi realizada para avaliar os desfechos cardiovasculares. As mudanças na FEVE ao longo do tempo foram analisadas usando ANCOVA para medidas repetidas. A significância estatística foi estabelecida em p<0,05. Resultados: O tratamento com MTX resultou em significativamente menos vitórias na análise WR em comparação com o placebo (WR 0,56, IC 95%: 0,34–0,93; p = 0,0263). Não houve diferença significativa na trajetória da FEVE ao longo do tempo (p = 0,8). No entanto, o MTX mostrou uma melhora significativa na FEVE ao comparar 180 dias com 3 meses: 0,009% (MTX) vs. -0,105% (placebo), p = 0,020. Conclusões: O uso de MTX não melhorou os desfechos cardiovasculares a longo prazo e foi associado a mais eventos adversos em comparação com o placebo. Nenhuma diferença significativa foi encontrada na trajetória da FEVE ao longo do tempo. Uma melhora transitória na FEVE foi observada aos 180 dias, mas não se traduziu em melhores desfechos a longo prazo.

Palavras Chave:
METOTREXATO; INFARTO DO MIOCÁRDIO; IMUNOSSUPRESSOR.

Referências:
1. Martin SS, Aday AW, Almarzooq ZI, Anderson CAM, Arora P, Avery CL, et al. 2024 Heart Disease and Stroke Statistics: A Report of US and Global Data From the American Heart Association. Circulation. 2024 Feb;149(8). DOI: 10.1161/CIR.0000000000001209 2. Wang R, Nascimento BR, Neuenschwander FC. Aterosclerose e Inflamação: Ainda Muito Caminho a Percorrer. Arq Bras Cardiol. 2020 May;114(4):699–700. 3. Ong S-B, Hernández-Reséndiz S, Crespo-Avilan GE, Mukhametshina RT, Kwek X-Y, Cabrera-Fuentes HA, et al. Inflammation following acute myocardial infarction: Multiple players, dynamic roles, and novel therapeutic opportunities. Pharmacol Ther. 2018 Jun;186:73–87. 4. Moreira DM, Vieira JL, Gottschall CAM. The effects of METhotrexate therapy on the physical capacity of patients with ISchemic heart failure: a randomized double-blind, placebo-controlled trial (METIS trial). J Card Fail. 2009 Dec;15(10):828–34. 5. Moreira DM, Lueneberg ME, da Silva RL, Fattah T, Mascia Gottschall CA. Rationale and Design of the TETHYS Trial: The Effects of Methotrexate Therapy on Myocardial Infarction with ST-Segment Elevation. Cardiology. 2013;126(3):167–70. 6. Bălănescu A, Bojincă V, Bojincă M, Donisan T, Bălănescu S. Cardiovascular effects of methotrexate in immune mediated inflammatory diseases (Review). Exp Ther Med. 2018 Nov DOI: 10.3892/etm.2018.6992

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