03 a 05 de Abril de 2025

Local: CentroSul
Florianópolis - SC



Código do Trabalho: 43

Categoria: Estudo

Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ




Título:
MORTALIDADE POR FEBRE REUMÁTICA AGUDA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA REGIÃO SUL DO BRASIL: UM ESTUDO ECOLÓGICO


Autores:
ISABEL VARGAS SALVADOR, GABRIELA BORELA FRIZON, ISADORA ANNA DANIELI, JÚLIA CONRAD SCHIRMER, TAKEO PAESE KAJIYAMA, LUIZA BRUM DE ALMEIDA, YASMIN CARDOSO AGUIAR



Tema Livre:
INTRODUÇÃO: A febre reumática é a doença de tecido conectivo mais comum no âmbito infanto-juvenil, configurando-se como um problema de saúde pública no Brasil. Apesar do panorama dessa condição alterar-se progressivamente, a complicação dos quadros persiste em regiões do país com acesso limitado à assistência médica. No sul do Brasil, a realidade se distingue, corroborando para a transformação dos indicadores de letalidade de tal questão. Portanto, essa pesquisa objetiva analisar e interpretar a mortalidade por febre reumática aguda (FRA) em crianças e adolescentes na Região Sul do Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo e quantitativo, baseado em dados do Sistema de Informações de Morbidade Hospitalar do SUS (SIH/SUS), vinculado ao DataSUS. Foram analisadas internações e óbitos por FRA na Região Sul, comparando-os com os dados nacionais entre janeiro de 2018 a dezembro de 2024, em crianças e adolescentes de 5 a 14 anos. As variáveis analisadas foram mortalidade, internações e gênero dos pacientes. A partir da coleta de dados, utilizou-se estatística descritiva no Excel para melhor organização dos resultados. RESULTADOS: Constatou-se que, ao considerar as faixas etárias de 5 a 14 anos, no período de 2018 a 2024, o total de internações, no Brasil, de FRA foi de 1.928, contabilizando 14.804 dias de permanência e 4 óbitos. A respeito da incidência nas diferentes regiões do Brasil, o Nordeste apresenta maiores índices (883 internações; 7601 dias de permanência; 8,6 de média e 2 óbitos), seguido por Sudeste, Norte, Centro-Oeste e Sul, respectivamente. Nesse sentido, destaca-se a região Sul, a qual apresentou os menores números, sendo 99 internações, 5 dias de média de permanência, sendo 519 dias no total e nenhum óbito registrado no período. Acerca do perfil epidemiológico estudado, indica-se maior incidência no público masculino, os quais foram 1.928 internações nacionais contra 918 do público feminino. Além disso, os 4 óbitos admitidos pertencem à parcela masculina estudada e as proporções quanto às regiões permanecem as mesmas para ambos os sexos, com a região Nordeste apresentando o maior tempo de internações e a região Sul o menor. CONCLUSÃO: Em síntese, a pesquisa mostrou que a Região Sul do Brasil apresenta os menores índices de internações e dias de permanência relacionados à FRA e sem óbitos no período analisado, sugerindo que os métodos sanitários adotados na região podem ser mais eficazes. Contudo, o estudo apresenta limitações, como a falta de dados sobre fatores específicos que possam ter influenciado os resultados, como a qualidade da assistência médica e as diferenças socioeconômicas. Aprofundar pesquisas sobre o impacto da saúde pública na prevenção e manejo da doença é essencial, sobretudo em áreas com acesso limitado a cuidados médicos.

Palavras Chave:
FEBRE REUMÁTICA AGUDA; SAÚDE PÚBLICA; MORTALIDADE INFANTO-INFANTIL.

Referências:
1. Oliveira GMM de, Brant LCC, Polanczyk CA, Biolo A, Nascimento BR, Malta DC, et al. Estatística Cardiovascular – Brasil 2020. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2020 Sep 1;115(3):308–439. 2. de Figueiredo, E. T., Azevedo, L., Rezende, M. L., & Alves, C. G. (2019). Rheumatic fever: A disease without color. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 113(3), 345–354. https://doi.org/10.5935/abc.20190141 3. Informações de Saúde (TABNET) – DATASUS [Internet]. Available from: https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-tabnet