03 a 05 de Abril de 2025

Local: CentroSul
Florianópolis - SC



Código do Trabalho: 36

Categoria: Estudo

Instituição de Ensino: UNISUL - PEDRA BRANCA




Título:
COMPARAÇÃO DO EFEITO DO VINHO TINTO COM ÁLCOOL NA DILATAÇÃO FLUXO MEDIADA EM COMPARAÇÃO AO VINHO TINTO SEM ÁLCOOL - ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO


Autores:
LUCCA ANTONINI SAVAS, DANIEL MEDEIROS MOREIRA, GIOVANNA PILLA SEVERO, LUIZA FRASSETTO MARTINS, MANUELA CARDOSO BIFF, CAROLINA HUEDEPOHL MARQUES VIEIRA, BRUNO COELHO SINISCALCHI, LUÍSA GOBBI MOCELIN, BÁRBARA MATTOS LUZ



Tema Livre:
Introdução A função endotelial é essencial para a saúde cardiovascular, pois mantém a vasodilatação e possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. A disfunção endotelial está associada ao desenvolvimento da aterosclerose e ao aumento do risco de doenças cardiovasculares (DCVs), principais causas de morte no mundo. Embora os medicamentos sejam importantes no tratamento das DCVs, intervenções não farmacológicas, como uma dieta saudável, exercícios e abstinência de tabaco, são cruciais. O consumo moderado de álcool, especialmente vinho, tem mostrado benefícios, como redução do estresse oxidativo e melhora na função endotelial, devido aos polifenóis, como o resveratrol. Métodos: Este é um ensaio clínico randomizado, paralelo e controlado com avaliador cegado. O principal desfecho foi a variação da FMD (função endotelial) após o consumo de vinho tinto comparado ao vinho sem álcool. A amostra de 44 casos (22 pares) foi calculada para detectar uma diferença de 0,11% na variação da FMD. Os pacientes foram mantidos em repouso por 30 minutos antes de iniciar a avaliação. Foram aferidos pressão arterial e frequência cardíaca e após foram feitas 2 avaliações ultrassonográficas em momentos distintos: três medidas do diâmetro da artéria braquial antes do estresse e três medidas após o estresse, promovido pela insuflação do manguito com valores supra-pressóricos de 50mmHg acima do valor da PAS por 5 minutos. Em seguida foi realizada a intervenção: cada paciente bebia 200ml da bebida selecionada de acordo com a randomização, e aguardava 40 minutos para reavaliação. Foram feitas mais uma medida da FC e da PA, e após foram realizadas mais duas avaliações ultrassonográficas, tanto antes quanto depois do estresse. Após 1 semana, os pacientes foram cruzados para a segunda fase do estudo, invertendo a bebida ingerida anteriormente, sendo repetidos os procedimentos realizados na semana anterior. Resultados: O resultado mostrou diminuição da FMD após a utilização de vinho com álcool (0,37 ± 0,28 mm pré-intervenção comparado a 0,21 ± 0,18 mm pós-intervenção, p = 0,013). Ambos os grupos, tanto do vinho com álcool (3,20 ± 0,50 mm pré-intervenção comparado a 3,51 ± 0,53 mm pós-intervenção, p < 0,001) quanto do vinho sem álcool (3,16 ± 0,50 mm pré-intervenção comparado a 3,31 ± 0,60 mm pós-intervenção, p = 0,003) demonstraram aumento significativo da dilatação do diâmetro da artéria braquial pré isquemia, e também aumento pós isquemia, sendo do vinho com álcool (3,60 ± 0,53 mm pré-intervenção comparado a 3,71 ± 0,60 mm pós-intervenção, p < 0,006) e do vinho sem álcool (3,40 ± 0,52 mm pré-intervenção comparado a 3,50 ± 0,60 mm pós-intervenção, p = 0,048). Conclusão: O consumo agudo de vinho tinto com e sem álcool promove vasodilatação arterial em pacientes presumidamente saudáveis. Já a FMD não apresentou diferença entre os grupos, e o grupo vinho tinto teve redução da FMD.

Palavras Chave:
VINHO TINTO, VASODILATAÇÃO FLUXO-MEDIADA, ENDOTÉLIO, RESVERATROL

Referências: