Código do Trabalho: 32
Categoria: Estudo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
Título:
DOENÇA REUMÁTICA CRÔNICA DO CORAÇÃO (CARDIOPATIA REUMÁTICA): UM ESTUDO DO PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO EM SANTA CATARINA (2014-2024)
Autores:
ANDREZZA VERRI LUCCA, WALESKA KRISHNA MACEDO CORRALES, BIANCA LOUREIRO MACIEL GOMES, JULLY NUNES DE LIMA, TAYS CRISTINA DA SILVA CERQUEIRA ALMEIDA, KARINE VITÓRIA VIANA DA COSTA, CAROLINA CAMPOS DA SILVA, YASMIM TOLEDO DUTRA
Tema Livre:
INTRODUÇÃO: A Doença Reumática Crônica do Coração (DRCC), é um problema de saúde pública, especialmente em países em desenvolvimento. A doença é monitorada devido às infecções estreptocócicas, que seguem como desafio. Sua progressão causa lesões valvares e pode levar à insuficiência cardíaca [2]. A análise epidemiológica estadual auxilia na identificação de fatores de risco e estratégias preventivas. OBJETIVOS: Analisar a incidência da DRCC no Estado de Santa Catarina entre 2014 e 2024, identificando disparidades regionais e populacionais para subsidiar políticas públicas de prevenção e tratamento. METODOLOGIA: Estudo observacional, quantitativo e retrospectivo. A análise usou dados públicos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do DATASUS, coletados em março de 2025. Foram filtrados registros de internação e óbitos por DRCC (CID-10: I05-I09) em Santa Catarina e Florianópolis entre janeiro de 2014 e dezembro de 2024. Os dados foram tabulados pela ferramenta de tabulação TabNet, disponibilizada pelo DATASUS. RESULTADOS: Entre 2014 e 2024, o número de internações por DRCC variou em SC, com uma média de 271,3 internações por ano. Em 2014, 271 indivíduos foram internados devido a complicações, apresentando oscilações nesse número nos anos seguintes, com o menor registro em 2020 (188). Esse fenômeno possivelmente ocorreu devido à pandemia de COVID-19 (2019), que impôs medidas restritivas, reduzindo a disseminação de doenças e gerando subnotificação. No entanto, é possível observar um aumento das internações nos anos seguintes, sendo 2024 (362) o ano com o maior número. Além disso, esse mesmo padrão se repetiu em relação aos óbitos no Estado, variando de 19 a 45 por ano, com um pico máximo em 2023 (45) e menores em 2015 e 2020, com 19 óbitos cada. Além disso, a tendência flutuante dos dados em SC, com o aumento de internações e óbitos no último período, pode também estar associada a fatores como mudanças no acesso aos serviços de saúde e agravamento da condição clínica dos pacientes. Em contrapartida, a cidade de Florianópolis registrou números de internações baixos em relação ao Estado, com o maior número em 2024 (23) e o menor em 2018 (9). Os óbitos variaram entre 1 e 3 por ano, sendo 2022 e 2023 os anos com o maior número registrado (3 cada), representando 3,82% das mortes estaduais [1]. CONCLUSÃO: Observou-se um aumento progressivo de internações no período pós-pandêmico, o que demonstra uma possível complicação da infecção viral, bem como o aumento pela busca do serviço médico quando há suspeita de outras doenças. Destaca-se, também, os baixos registros de internações na capital de Santa Catarina. A discrepância nos números, em relação ao total no Estado, sugere que a carga da doença está mais distribuída em regiões interioranas, o que pode estar relacionado a disparidades no manejo da febre reumática, condição que leva à DRCC, no âmbito hospitalar dos municípios.
Palavras Chave:
CARDIOPATIA REUMÁTICA; ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO; SAÚDE PÚBLICA; SANTA CATARINA.
Referências:
[1].TabNet Win32 3.2: Morbidade Hospitalar do SUS - por local de internação - Brasil [Internet]. tabnet.datasus.gov.br. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/nibr.def. Acesso em: 02 de março, 2025.
[2].BRANDÃO CV, XAVIER RG. Doença reumática: diagnóstico e tratamento. 2a edição. São Paulo: Manole.