03 a 05 de Abril de 2025

Local: CentroSul
Florianópolis - SC



Código do Trabalho: 29

Categoria: Relato de Caso

Instituição de Ensino: HOSPITAL SOS CÁRDIO




Título:
HIPERTROFIA SEPTAL COMO DIFERENCIAL DE DOR TORÁCICA IMPORTANTE


Autores:
LUÍSA MARIA BALBINOT, DANIEL JOSÉ DA SILVA FILHO, FERNANDO GRAÇA ARANHA, GABRIELLE CRISTINA RAIMUNDO, NICOLE FRACASSO BROCCO, IGOR IGARÇABA KOVALTCHUK, MARIA LUÍSA PINHEIRO E SILVA, ANA CAROLINA CALDARA BARRETO, LUIZA FOREST GASPERIN



Tema Livre:
Introdução: A hipertrofia do septo interventricular pode ser observada em até 10% dos pacientes sem cardiomiopatia hipertrófica, sendo mais prevalente em idosos e hipertensos. Além disso, pode ser um marcador precoce de doença cardíaca hipertensiva. Descrição do caso: Paciente feminina, 74 anos, hipertensa, com histórico de revascularização do miocárdio há 1 ano por conta de lesão severa em tronco da artéria coronária esquerda, foi admitida no serviço de emergência apresentando dor torácica de início há 7 dias, com características de angina instável, somada à dor nos ombros irradiando para mandíbula e tórax anterior, além de dispneia aos pequenos esforços. Foi submetida a cateterismo, que evidenciou anastomoses pérvias e sem novas lesões. Realizado ecocardiograma, que identificou câmaras cardíacas com dimensões normais, aumento da espessura do septo interventricular (1,3 cm) e fluxo turbulento de saída do ventrículo esquerdo, com gradiente de 100 mmHg. A ressonância magnética confirmou hipertrofia do septo médio-basal e ausência de fibrose miocárdica. No período de internação, apresentou episódio de dor torácica intensa, alteração inespecífica de repolarização ventricular e bloqueio divisional ântero-superior. Observou-se competição de fluxo importante da anastomose da artéria mamária interna esquerda com a artéria descendente anterior, que associada à hipertrofia septal de obstrução de saída, correspondeu à etiologia da dor torácica. Optado então por alcoolização septal eletiva e acompanhamento ambulatorial. Conclusões: A terapia com bloqueadores beta-adrenérgicos e bloqueadores dos canais de cálcio representa a principal estratégia de tratamento. Quando a dispneia, dor torácica e síncope se mostrarem refratárias ao tratamento clínico, ainda com obstrução persistente, a miectomia ou ablação septal se mostraram eficazes. Por fim, constatou-se a hipertrofia septal importante associada à competição de fluxo após revascularização como a causa da dor torácica apresentada no caso clínico acima.

Palavras Chave:
HIPERTROFIA CARDÍACA, DOR TORÁCICA, HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Referências: