Código do Trabalho: 15
Categoria: Estudo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
Título:
EVOLUÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR DOENÇAS ISQUÊMICAS DO CORAÇÃO EM SANTA CATARINA DE 2013 A 2023
Autores:
MARCOS ANTONIO CARDOSO, GIAN CARLOS PROVIN, ANDRÉ GUILHERME SCHNEIDER
Tema Livre:
INTRODUÇÃO: A doença isquêmica do coração (DIC) é a principal causa de mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil, sendo ela um dos principais agentes de desfechos fatais em Santa Catarina, com um total de 39.513 registros entre os anos de 2013 e 2023. Este estudo tem como objetivo analisar a evolução do perfil epidemiológico em Santa Catarina em relação à prevalência de óbitos por casos de DIC de 2013 a 2023. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, quantitativo e descritivo, cujos dados foram obtidos a partir de consultas realizadas no Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), por meio da plataforma do DATASUS, referentes aos anos de 2013 a 2023. Analisou-se o estado de Santa Catarina em sua totalidade, além da faixa etária e sexo mais acometido pela doença. RESULTADOS: Diante da mortalidade geral por DIC em Santa Catarina, em 2013 foram registradas 3.333 mortes (~9,18% do total), enquanto em 2023 foram registrados 3.902 óbitos (~8,03% do total). Em relação à faixa etária, foi identificado que há um aumento substancial de óbitos por DIC na população com idade superior a 30 anos, independentemente do ano, totalizando 39.363 casos (~99,62%) neste intervalo de tempo. As fatalidades na população catarinense se mostraram diretamente proporcionais à idade, pacientes acima de 70 anos representam 52,80% das mortes no período analisado. Ainda, foi observado que no sexo masculino apresentou uma média de 2.201 óbitos por ano, enquanto o sexo feminino registrou um total 1.390 óbitos por ano no mesmo tempo decorrido. CONCLUSÃO: Os dados analisados demonstram que a mortalidade por Doença Isquêmica do Coração em Santa Catarina manteve-se elevada ao longo da última década, com um aumento discreto no número absoluto de óbitos em 2023 em relação a 2013. Observou-se uma predominância significativa de casos em indivíduos acima de 70 anos, reforçando a relação entre o envelhecimento populacional e o risco de mortes por DIC. Além disso, a maior incidência de óbitos no sexo masculino corrobora achados epidemiológicos, que apontam maior vulnerabilidade dos homens às doenças cardiovasculares. Esses resultados ressaltam a necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção, diagnóstico precoce e manejo eficaz da DIC, especialmente em grupos de maior risco, a fim de reduzir o impacto da doença na população catarinense.
Palavras Chave:
ISQUEMIA MIOCÁRDICA; MORTALIDADE; SANTA CATARINA; DOENÇAS CARDIOVASCULARES.
Referências:
Organização Mundial da Saúde. Estimativas globais de saúde 2020: mortes por causa, idade, sexo, país e região [Internet]. OMS, 2000-2021 [citado em 06 de janeiro de 2025]. Disponível em: https://www.who.int/data/gho/data/themes/mortality-and-global-health-estimates/ghe-leading-causes-of-death
Santana GBA, Leal TC, Paiva JPS, Silva LF, Santos LG, Oliveira TF, et al. Tendência temporal da mortalidade por doenças isquêmicas do coração no Nordeste do Brasil (1996–2016): uma análise segundo sexo e faixa etária. 117. ed. Arq Bras Cardiol, 2021. 51-60p.