03 a 05 de Abril de 2025

Local: CentroSul
Florianópolis - SC



Código do Trabalho: 139

Categoria: Estudo

Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL - CAMPUS PEDRA BRANCA - PALHOÇA (SC) BRASIL




Título:
PADRÃO TEMPORAL DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E CUSTOS ASSOCIADOS NO BRASIL, 2014-2024


Autores:
VICENTE MORALES RIBEIRO, GIOVANNA CRISTINA GONÇALVES CAMACHO, RAFAEL HENKES MACHADO, HERMES ESTEVAM TOREGA CELKEVICIUS, IAGO NATHAN SIMON PETRY, ANA CAROLINA DIAS GARCIA, DAVI ALEXANDRE SANTOS QUEIROZ, KELVIN SCHMOELLER ALBERTON, FRANCIELE CASCAES DA SILVA



Tema Livre:
Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é definido como uma necrose isquêmica dos cardiomiócitos e ocorre pela interrupção aguda do suprimento sanguíneo coronário principalmente em decorrência do avanço progressivo da Doença Arterial Coronariana, apresentando um quadro sintomático intenso de Dor retroesternal, Angina, com possível irradiação para maxilar e membros superiores, em especial para braço esquerdo, podendo apresentar equivalente anginoso de dispneia e epigastralgia, tais sintomas atípicos são mais comuns em idosos, diabéticos e mulheres. O objetivo do presente estudo foi analisar o padrão temporal de internações hospitalares por infarto agudo do miocárdio e custos associados no Brasil, durante o período de 2014-2024. Método: Estudo ecológico de séries temporais baseado nas internações hospitalares, nos custos associados e nos óbitos por infarto agudo do miocárdio (CID-10 I00-I99), registrados no Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS). A tendência foi avaliada pelo modelo de regressão Joinpoint, calculando-se a annual percentage change (APC) e a average annual percentage change (AAPC) com intervalo de confiança de 95%. Resultados: Entre 2014 e 2024, foram registradas 1.364.537 internações hospitalares e 32.920 óbitos por infarto agudo do miocárdio no Brasil, correspondendo a uma taxa de 145,85 internações e 3,52 óbitos por 100 mil habitantes. A taxa de internação aumentou de 9,71/100 mil habitantes em 2014 para 200,97/100 mil em 2024 (APC/ AAPC=6,84; p=0,019). Observou-se um crescimento significativo nas internações nas regiões Norte (APC/AAPC=7,12; p=0,009), Nordeste (APC/AAPC=6,78; p=0,017), Sudeste (APC/AAPC=6,84; p=0,019), Sul (APC/AAPC=5,86; p=0,042) e Centro-Oeste (APC/AAPC=10,49; p<0,001) ao longo de todo o período analisado. Ao analisar a faixa etária por sexo, observou-se um aumento anual de 5,37% nas internações entre os homens com 60 anos e mais (p=0,049), com estabilidade nas faixas etárias de até 19 anos (p=0,109), 20-29 anos (p=0,056). Entre as mulheres, houve padrão de estabilidade nas internações em todas as faixas etárias (p>0,05). A taxa de mortalidade hospitalar permaneceu estável no Brasil e em todas as regiões no período estudado (p>0,05). Conclusão: O padrão temporal de internações hospitalares por Infarto Agudo do Miocárdio foi significativamente maior entre o período de 2014 e 2024 relacionado a taxa de internações. O valor total das internações foi de R$ 5.861.171.677,19 entre 2014 e 2024. Os custos com internação por IAM e doenças associadas aumentaram significativamente no período, em todas as regiões, haja vista, o radical aumento de internações. Necessário ampliação de investimentos pelo governo no que tange as políticas públicas de saúde coletiva, com o objetivo de promoção, conscientização e prevenção doenças associadas ao IAM.

Palavras Chave:
HOSPITALIZAÇÃO. INFARTO DO MIOCÁRDIO. CUSTOS HOSPITALARES.

Referências:
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