03 a 05 de Abril de 2025
Local: CentroSul
Florianópolis - SC
Local: CentroSul
Florianópolis - SC
Código do Trabalho: 128
Categoria: Estudo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
Título:
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO BRASIL: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO SOBRE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE NO BRASIL
Autores:
EDOARDA CAROLINA BERTHOLDI , GABRIEL DE DEUS SILVA, AMANDA SILVA AMORIM, MARIA CAROLINA MARTINS DA CONCEIÇÃO, MARIANA PEREIRA STEFANI, GUSTAVO HENRIQUE DOS SANTOS SANTANA, ANA CAROLLINA RUBIM BORDALLO, EMANUEL HENRIQUE VIEIRA MANTESSO
Tema Livre:
Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é caracterizado pela interrupção do fluxo sanguíneo para o miocárdio, que pode levar à morte se não for diagnosticado e tratado em tempo adequado. Devido a isso, é considerado um importante desafio da saúde pública no Brasil, visto que apresenta altas taxas de incidência e mortalidade. A ocorrência e a gravidade do IAM variam de acordo com múltiplos fatores, como cor/raça, sexo, localidade brasileira e idade. Nesse contexto, é necessário conhecer o perfil nacional dessa enfermidade, identificando padrões e tendências para a formulação de condutas públicas mais eficazes para a prevenção e o manejo dessa doença.
Métodos: Trata-se de um estudo ecológico cujos dados foram obtidos a partir de bases secundárias públicas e anônimas. A taxa de mortalidade por IAM foi extraída do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde do (DATASUS) no período de 2020 a 2024. Resultados: Oposto às taxas de internações, a taxa de mortalidade é maior nas cores/raças indígena (11,95), amarela (9,16) e preta (8,84), respectivamente. A cor/raça branca apresentou queda na taxa de mortalidade de 2020 para 2024, assim como a cor/raça parda e amarela. Não há informações sobre a taxa de mortalidade por essa categoria de um total de 10.53, não havendo dados sobre o ano de 2024. A taxa de mortalidade por IAM é mais alta no sexo feminino (10,47), com aumento de 2020 para 2021 e queda até 2024 (9,27). No sexo masculino, a maior taxa foi em 2021 (8,54) e a menor em 2024 (6,73), com uma redução geral nos valores de mortalidade. Em relação a taxa de mortalidade de pacientes por IAM, segundo a localidade brasileira, apresenta-se que o Nordeste teve a maior taxa média de mortalidade por IAM (10,10), seguida pela Norte (8,78), Sudeste (8,66) e Sul (8,09). O Centro-Oeste apresentou a menor taxa (7,34). A taxa de mortalidade apresenta-se mais alta entre pessoas com 80 anos ou mais (20,34), seguidas pelas faixas de 70 a 79 anos (12,09) e 60 a 69 anos (7,64). Em faixas etárias mais jovens, a mortalidade é menor, como nas de 20 a 29 anos (4,32) e 30 a 39 anos (3,69). Embora as taxas sejam menores entre crianças e adolescentes, há registros de óbitos em menores de 1 ano (6,02) e na faixa de 10 a 14 anos (7,62), indicando a necessidade de investigação sobre suas causas. Conclusão: Este estudo revelou disparidades nas taxas de mortalidade por IAM no Brasil. A maior mortalidade entre indígenas, amarelos e pretos, assim como no sexo feminino, e a faixa etária idosa, destaca a necessidade de políticas de saúde diferenciadas para essas populações. Além disso, a variação regional, com o Nordeste apresentando as maiores taxas, aponta para a urgência de ações locais que devem ser prontamente entendidas pelos órgãos responsáveis.
Palavras Chave:
MIOCÁRDIO; MORTALIDADE; EPIDEMIOLOGIA.
Referências:
1- Santos, Juliano dos et al. Mortalidade por infarto agudo do miocárdio no Brasil e suas regiões geográficas: análise do efeito da idade-período-coorte. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2018, v. 23, n. 5 [Acessado 27 Fevereiro 2025] , pp. 1621-1634. Disponível em: