Código do Trabalho: 124

Categoria: Estudo

Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE

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Título:
O PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NA SERRA CATARINENSE

Autores:
LUCAS GUERRA VIEIRA, MURILO DOS SANTOS BETT, CAROLLINA DIAS DA SILVEIRA, PAULA CAROLINA MACEDO, LUCAS DE OLIVEIRA WOEHL, EMANUEL SCHUMACHER PEREIRA, JOÃO GABRIEL MAGALHÃES DA SILVA, VANESSA VALGAS DOS SANTOS

Tema Livre:
Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é considerado uma das principais causas de morbimortalidade global, sendo influenciado por diversos fatores de risco, como hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM), dislipidemia, tabagismo e obesidade. Objetivo: Esta pesquisa objetivou analisar e investigar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes com IAM em um Hospital localizado na Serra Catarinense. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional e descritivo, baseado na análise de prontuários de 489 pacientes com diagnóstico foi de Síndrome Coronariana Aguda, em seus diferentes CID (Código Internacional das Doencas), no período de 2019 a 2021. Os dados foram extraídos de registros hospitalares e englobaram características demográficas, fatores de risco cardiovasculares, tempo de início da dor, tratamento recebido e desfecho clínico. As variáveis categóricas foram expressas em frequências absolutas e percentuais. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 50246621.3.0000.5368). Resultados: A amostra foi composta majoritariamente por homens (64,2%), com alta prevalência de hipertensão arterial sistêmica (72%) e diabetes mellitus (36,2%). A obesidade também se destacou (36,19%), e 92,6% dos pacientes apresentando IMC superior a 31. O tabagismo esteve presente em 37% dos casos, enquanto 60,3% eram não fumantes e 2,7% ex-fumantes. Quanto ao tempo de início da dor, 38,4% dos pacientes buscaram atendimento em menos de 12 horas, enquanto 37,4% o fizeram entre 12 e 24 horas, e 24,1% após 24 horas. Em análise do tempo em função do sexo, observou-se uma diferença significativa (p < 0,03) entre homens e mulheres, onde o tempo médio nas mulheres foi de 214,2 minutos e nos homens 189,1 minutos. Apenas 14,3% dos pacientes receberam trombólise. Em relação ao tipo de infarto, 37% apresentaram IAM com supra de ST, 53,8% sem supra e 9,2% foram diagnosticados com angina instável. O desfecho hospitalar revelou que 92,4% dos pacientes receberam alta, enquanto 7,2% evoluíram para óbito. Conclusão: Os achados demonstram um predomínio de fatores de risco para IAM, especialmente HAS, DM e obesidade, além de um expressivo número de pacientes tabagistas. Estes dados também revelaram o descaso ou desconhecimento quanto a dor por infarto pelos pacientes, e o tempo prolongado para busca de atendimento pode ter contribuído para o baixo uso de trombólise, evidenciando a necessidade de estratégias para otimizar o reconhecimento precoce dos sintomas e o acesso ao tratamento. Intervenções focadas na redução dos fatores de risco cardiovascular é essencial para melhorar os desfechos clínicos na região.

Palavras Chave:
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO. INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM ELEVAÇÃO DO SEGMENTO ST. FATORES DE RISCO. ANGIOPLASTIA. FIBRINÓLISE.

Referências:
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