03 a 05 de Abril de 2025

Local: CentroSul
Florianópolis - SC



Código do Trabalho: 12

Categoria: Estudo

Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ, CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ, UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ




Título:
ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORBIDADE POR TRANSTORNOS DE CONDUÇÃO E ARRITMIAS CARDÍACAS NO BRASIL (2013-2023)


Autores:
GIOVANA MANZOCHI SANTOS , NILZA ROSA TEIXEIRA, ELIAHU BARUCH MIZRAHI , GABRIELLA SENEM HIANSDTS



Tema Livre:
INTRODUÇÃO: A alta prevalência de transtornos de condução e arritmias cardíacas no Brasil constitui um desafio significativo para a saúde pública, especialmente devido às suas complicações associadas e ao impacto sobre os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Estas condições, frequentemente subdiagnosticadas ou mal manejadas, afetam uma parcela considerável da população e exigem uma investigação rigorosa dos seus determinantes epidemiológicos, fatores de risco prevalentes e a eficácia das intervenções preventivas. A relevância do estudo se traduz no potencial de subsidiar a formulação de políticas públicas mais eficazes e no aprimoramento de estratégias de prevenção e manejo da doença. OBJETIVOS: Analisar o perfil epidemiológico da morbidade por transtornos de condução e arritmias cardíacas no Brasil. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo (transversal - ecológico). Foram utilizados os dados disponibilizados pelo Sistema de Informações sobre Morbidade Hospitalar do SUS (SIH/SUS), presentes no Departamento de Informações e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), pertencentes aos casos de internação por transtornos de condução e arritmias do coração, entre 2013 e 2023. As variáveis incluídas foram ano de processamento, região, faixa etária e sexo. RESULTADOS: No período estipulado, houve 705.303 hospitalizações devido a Transtornos de Condução a Arritmias do Coração. O ano com maior número de casos foi 2023, com 76.060 destas, o equivalente a 10,8% da totalidade; enquanto o ano com menor incidência foi 2013, com 58.259 internações (8,3%). Geograficamente, a região mais afetada foi a Sudeste, com 343.143 registros, o que corresponde a 48,7% do total. Na sequência, têm-se as regiões Sul, com 161.224 (22,9%), e Nordeste, com 109.034 internações (15,5%). As regiões com a menor incidência foram a Centro-oeste (9,8%) e Norte (3,2%). Em relação à faixa etária, a mais afetada foi a de 70 a 79 anos, com 1880.918, o que equivale a 34,2% da totalidade, enquanto a com menos casos foi entre 1 e 4 anos, com 2.911 casos (0,4%). Além disso, o sexo predominantemente afetado foi o masculino, com 369.480 internações, representando 52,4%, enquanto houve 335.823 registros para o sexo feminino (47,6%). CONCLUSÃO: A análise dos dados revela uma significativa prevalência de transtornos de condução e arritmias cardíacas no Brasil, com destaque para a região Sudeste e a faixa etária acima de 70 anos. Nesse sentido, a identificação de fatores de risco específicos e a avaliação do impacto de diferentes intervenções em saúde são cruciais para a implementação de políticas públicas eficazes, reforçando a necessidade de intensificar ações de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado, visando reduzir a morbimortalidade e melhorar a qualidade de vida da população brasileira.

Palavras Chave:
ARRITMIAS CARDÍACAS, EPIDEMIOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, SISTEMAS DE SAÚDE.

Referências:
Schulman DS, Spector MG. Clinical Arrhythmology and Electrophysiology. 2nd ed. Philadelphia: Saunders; 2013. European Society of Cardiology. Arrhythmias. Available from: https://www.escardio.org/ Zipes DP, Jalife J. Cardiac arrhythmias: From cell to bedside. J Am Coll Cardiol. 2017;70(5):567-578. Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. Diretrizes de Arritmias Cardíacas. Available from: https://www.sobrac.org.br/